Cultura old school

A cultura old school é o famoso treinamento das antigas, mas se você pensa que é uma técnica ultrapassada, está profundamente enganado. Afinal, antigamente não existia tanto acesso a suplementos, revistas e muito menos os famosos treinos na internet. Tudo tinha que ser feito na raça, na cara e na coragem.

No entanto, esse treinamento old school sempre teve uma eficiência muito boa. Os fundamentos para a construção desse método foram baseados em halteres e barras, consistência e descanso adequado. Arnold Schwarzenegger, Franco Columbu, Bill Pearl e Steve Davis foram grandes nomes e seguidores dessas ideias.

A seguir vamos falar desse grande método que formou grandes gerações de fisiculturistas, vem com a gente!

A cultura old school

Em voga principalmente nos anos 70, o método old school exige menos sofisticação e mais foco no trabalho duro com halteres e barras. Além disso, os fisiculturistas antigos caminhavam com muito mais frequência do que é feito hoje. O fisiculturismo mudou drasticamente e muitas vezes o que já foi focado em beleza e estética acaba se tornando em excesso nos tempos atuais.

Algumas revistas e sites confundem quem está começando e esse método, por ser mais simples, é muito mais fácil de ter os seus resultados analisados e do treino ser entendido pelo praticante.

O método old school baseia-se em grandes cargas, treinos maiores, consistência no treinamento, descanso adequado e moderação na alimentação. Os exercícios são mais simples: em vez dos complicados aparelhos de academia, barras e halteres são priorizados, assim como os exercícios de agachamento. O foco era no aperfeiçoamento do corpo masculino e a busca por uma forma perfeita.

Por isso, evitar a acomodação é um grande diferencial da cultura old school. Faça o básico, mas faça bem-feito e com muita disposição. A ideia aqui é experienciar cada momento do exercício e usar isso como uma força mental para seguir em frente. Os profissionais que seguiram as raízes costumavam a fazer treinos de quase 3 horas.

Os grandes nomes da cultura old school

Esse tipo de treinamento formou diversas lendas do fisiculturismo, aqueles que são um exemplo clássico do trabalho pesado e que até hoje servem como referência de um físico completo. Esses fisiculturistas não foram apenas campeões de suas épocas e, sim, pensadores do seu tempo.

Bill Pearl

Em um mundo com menos complicações nos treinos, Bill Pearl sempre foi considerado um cara que foi forjado com base no seu treinamento duro. Ele foi uma verdadeira lenda entre os anos 50 e 60, faturou o Mr. Universo 5 vezes e é um dos fisiculturistas vegetarianos mais conhecidos do mundo.

O seu físico equilibrado serviu de modelo para fisiculturistas renomados como Arnold Schwarzenegger, Frank Zane, Dave Drape e outros. Pearl é um exemplo de longevidade no meio dos fisiculturistas e, em seus livros, nunca se utiliza de artimanhas e atalhos para dar dicas de como conseguir mais ganhos de maneira irresponsável.

As suas dicas estão baseadas no mais verdadeiro treino old school raiz. Ele acredita que você deve manter uma alimentação eficaz e treinar duro. Uma de suas mais icônicas frases diz muito sobre a sua carreira: “Você não sabe para onde vai se não sabe onde esteve”. É isso que você deve pensar antes de planejar o seu treinamento. Lembre-se, ser old school não quer dizer ser imprudente.

Arnold Schwazenneger

Schwazenneger não se tornou um dos mais venerados fisiculturistas da história por mero acaso. Ele desenvolveu diversos treinamentos em busca de se tornar alguém único, alguém que saísse do lugar comum do fisiculturismo.

Seus treinamentos buscam uma consistência como profissional. Apesar disso, em suas entrevistas, ele sempre diz que os seus resultados têm menos a ver com segredos de treinamento e mais a ver com tempo de treinamento e ser resiliente na hora de enfrentar as cargas pesadas.

Arnold, que foi campeão sete vezes do Mr. Olympia, assim como Bill Pearl entendeu o papel do cérebro nos ganhos da musculação. A sua técnica de visualização é bastante conhecida e ajuda a lidar com grandes cargas.

Outra inspiração que Schwazenneger coloca é que devemos escolher os exercícios certos. Apesar de ter toda essa ideia old school de treinar pesado, ser inteligente é vital. Fisiculturistas intermediários e iniciantes devem se preocupar em ficar fortes e fazer exercícios completos, já os fisiculturistas avançados podem se dar ao luxo de praticar exercícios concentrados para buscar um refinamento.

Schwazenneger em toda a sua carreira também mostra que não adianta escolher o exercício certo com a carga errada. Adquira conhecimento e use isso ao seu favor: às vezes vale ir pelo mais básico sem complicações, tentar novas ideias, as adaptar ao seu corpo e treinar o máximo que puder.

Franco Columbu

O italiano Columbu começou a sua carreira esportiva como boxeador. No entanto, a sua amizade com Arnold Schwazenneger fez com que ele migrasse sua carreira para o fisiculturismo e que ela ganhasse a notoriedade que ele merecia nos Estados Unidos. Franco foi considerado um dos homens mais fortes de sua época e teve sua carreira prejudicada por uma lesão grave no World’s Strongest Man, em que quebrou uma de suas pernas.

Apesar dessa lesão, ele ainda conseguiu se recuperar e levar o seu primeiro título de Mr. Olympia na categoria overall em 1981. Columbu também se destacou nos seus métodos de dieta que são respeitados até hoje e são consultados por pessoas como Silverster Stalone.

Contudo, em suas palestras e livros, ele ressalta que sempre devemos começar pelo básico. Aquecer corretamente, fazer uma sequência ideal de treinos, não fadigar os músculos, se manter concentrado e colocar produtos de qualidade na alimentação.

Apesar disso, sua carreira foi marcada por uma dieta extrema, em que, diariamente, 200 gramas de proteínas eram ingeridas, incluindo aí montes de carne moída, omeletes e atum, além de treinos pesados de 5 horas diárias, compostos de aulas de balé e postura.

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Escrito por Fernando Sardinha